sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Lixo nas praias é o desafio do verão

Cidades do litoral fluminense promovem ações de limpeza
  
Rio - Verão é sinônimo de areia lotada e muito lixo deixado para trás no litoral fluminense. Na Região dos Lagos, até carcaças de barracas de ambulantes foram retiradas do mar durante uma ação na semana passada para garantir a limpeza das praias em Arraial do Cabo. Na Praia do Forno, 100 servidores públicos participaram da operação e cerca de 60 toneladas de resíduos foram recolhidas da areia e da trilha. Novos galões de lixo foram colocados no local. Na Prainha, foram recolhidos 100 quilos de lixo e na Praia do Pontal, mais duas toneladas.

De acordo com o secretário de Serviços Públicos, Francisco de Assis, a maior parte foi de descartáveis, deixados pelos banhistas, como copos e palitos de churrasco. “São resíduos que, além de poluir a natureza, podem causar acidentes, como palitos pontiagudos que são jogados na areia”, afirmou. A operação de limpeza permanecerá até o fim do verão em todas as praias cabistas. “A medida é importante porque, além de manter a cidade limpa, auxilia na atração de turistas”, disse a estudante Déborah Carvalho, de 20 anos.


Até barraca de ambulante foi retirada da água durante ação para limpeza da Praia do Forno, em Arraial
Foto:  Divulgação

Em Cabo Frio, que diz ostentar o título de “cidade mais limpa do Brasil”, 1.500 varredores têm retirado em média 300 toneladas de lixo por dia das ruas. Foram contratados 450 temporários neste verão, sendo 300 para as praias. Uma força-tarefa aconteceu na Praia das Conchas e Ilha do Japonês. Foram cerca de 60 pessoas trabalhando, e retiradas 12 toneladas de lixo das praias.
Já em Paraty, na Baía de Ilha Grande, o prefeito Carlos José Gama, o Casé (PT), afirmou que não há uma operação específica para o verão, mas sim para todo o ano. “Há mais de um ano, fazemos coleta seletiva costeira através de barcos. Em cada comunidade, existe um centro de lixo para turistas e moradores. A embarcação passa e recolhe todo o lixo selecionado duas vezes por semana. É uma coleta bem eficiente”, disse.
Alternativas de coleta em Rio das Ostras

Cerca de 15 mil sacolinhas oxi-biodegradáveis — material que se decompõe mais rapidamente —, foram distribuídas para banhistas em Rio das Ostras neste verão. A ação de conscientização, que recebe o nome de ‘Projeto Praia Limpa, diversão para todos’, foi iniciada em dezembro passado nas praias de maior circulação de moradores e turistas da cidade.

Diariamente, grupos percorrem a Lagoa de Iriry e as praias de Costazul, Cemitério, Centro, Pica-pau e Tartaruga. A iniciativa da Secretaria do Ambiente da cidade, que acontecerá até o final do Carnaval, tem apoio de moradores e turistas. A turista Regina Ferreira, que é professora e mora em São Paulo, elogiou a ação em Costazul. “Estamos impressionados com o cuidado com a natureza. Essa praia é linda demais! Precisamos preservar esse lugar e assim aproveitar, ainda mais, essa maravilha de Rio das Ostras”, destacou.

O trabalho de coleta em datas de grande movimentação turística, como no último Réveillon, o município chegou a recolher até 195 toneladas de lixo em um único dia, contra 100 toneladas em Arraial do Cabo Frio. Já em Cabo Frio, foram recolhidas 800 toneladas no período. Segundo a Prefeitura de Rio das Ostras, moradores, turistas e veranistas podem ajudar nas ações de limpeza da Secretaria do Ambiente colocando o lixo domiciliar bem embalado nos dias e horários certos para coleta.
Reportagem de Vinícius Amparo
Fonte: http://odia.ig.com.br/odiaestado/2015-01-18/lixo-nas-praias-e-o-desafio-do-verao.html
 

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O lixo nosso de cada dia

Semanas atrás falei da embalagem do meu creme que tinha um design sofrível, agora resolvi pesquisar sobre a política de resíduos sólidos pós consumo das principais marcas de cosméticos que eu conheço, que é o que nos sobra depois que o produto acaba. Os resíduos sólidos da cadeia produtiva podem até ser responsabilidade minha também como consumidora, mas pouco posso interferir nela. Resolvi ver o que as empresas falam de residuos sólidos sem eu precisar ler o relatório de sustentabilidade.
residuos
Fonte: https://flic.kr/p/e4PYUh
Nívea
A Nívea foi a primeira “vítima” por 2 motivos: 1- falei dela no post sobre o design ruim da embalagem e 2- apareceu um post patrocinado deles na TL do meu twitter, se eles estão pagando pra fazer propaganda em rede social, vamos ver se esse canal realmente funciona para conversar com o consumidor (mais um teste além do ambiental). Ai perguntei pelo twitter sobre a política de resíduos sólidos da Nivea e recebi esse link como resposta: http://www.nivea.com.br/Sobre-nos/beiersdorf/Responsabilidade-Ambiental
Bom, sobre o destino das embalagens pós consumo só li blablabla, nada concreto que me convence da real preocupação deles, um “apoiamos o projeto tal que se preocupa com esse assunto” e só. Ai perguntei no twitter novamente se eles sabiam qual a porcentagem de embalagem são recicladas, estou no aguardo da resposta.
Unilever
Ai resolvi pesquisar outras… Joguei no Google o nome da empresa e as palavras resíduos sólidos, depois de uns cliques no site deles achei esse link no site da Unilever: http://www.unilever.com.br/sustainable-living-2014/waste-and-packaging/
Achei mais interessante pois eles têm metas estabelecidas sobre reciclar embalagens: “aumentar as taxas de reciclagem e recuperação, em média, em 5% até 2015 e em 15% até 2020 nos nossos 14 principais países” e apresentaram o seguinte dado: “Aumento de 7% nas taxas de reciclagem e recuperação em 2013, superior ao Índice de Reciclagem e Recuperação médio de 2010, registrado nos nossos 14 principais países.” Legal, mas  o quanto desse 7% é no Brasil? E vamos combinar que 7% numa operação em 14 países é quase pífio.
P&G
Com a busca no Google P&G e residuos sólidos (ou qualquer coisa parecida com isso) cheguei nesse link: http://www.pg.com/pt_BR/sustentabilidade/sustentabilidade_ambiental/index.shtml
O plano é bastante audacioso “Nossa Visão, anunciada em 2010, inclui: (…) Usar 100% de materiais renováveis ​​ou reciclados em todos os produtos e embalagens. Depositar zero de consumo e resíduos de fabricação em aterros sanitários.” Mas não falam quando pretendem atingir a meta, ah, mas é a visão, não é uma meta, pode ser que nunca atinjam seja só um alvo a se atingir… Ainda tem um “saiba mais sobre a nossa visão de longo prazo”, mas não tem link nenhum redirecionando pra lá. Também não ficou claro pra mim se no consumo e resíduos de fabricação inclui embalagens pós consumo.
Descobri por acaso que eles tem um projeto com uma empresa chamada Wise Waste que criaram a partir de embalagens recicladas um display para um dos produtos deles em supermercados. Aliás o trabalho da Wise Waste é bem interessante, saiba mais aqui. Mas no site da empresa mesmo só tem aquelas metas megalomaníacas sem nada muito prático.
Natura
Mandei um twitt e não recebi resposta 2 dias depois, procurando no google achei vários links para os relatórios anuais da empresa 2009 (acho q seja pois só tinha dados até 2008), 2012, 2013. Não é o que que esperava achar, principalmente da Natura. As informações são vagas e sem nenhuma meta clara, no relatório de 2014 fala que “A Natura está elaborando um plano de logística reversa, que tem como principal objetivo estruturar um modelo de gestão capaz de transformar resíduos em oportunidades de novos negócios. Este plano tem previsão de lançamento ainda no ano de 2014.” Eu esperava mais da Natura, muito mais…
Avon
Mandei um twitt e não recebi resposta 2 dias depois.
Procurando no Google não achei NADA relevante. No site da empresa tem uma seção de responsabilidade social, nada sobre meio ambeinte. Falam de teste em animais, mas absolutamente NADA do ponto de vista ambiental e resíduos sólidos… Decepção monstra.
Conclusões
Escolhi essas empresas pois consumo produtos delas e como são empresas que fazem parte do business as usual esperava números sobre o assunto, só 1 me apresentou números concretos sobre a preocupação com a geração de resíduos e posterior descarte, as outras tratam o assunto de forma superficial, pelo menos aos olhos do consumidor leigo que resolve descobrir por si só o que as empresas fazem/pensam sobre o assunto. Uma delas até ignora o assunto. Ou simplesmente resolveu não contar pra ninguém o que faz sobre o assunto. Se alguma empresa dessas quiser entrar em contato comigo para esclarecer melhor suas preocupações sobre os temas resíduos sólidos pós consumo, logística reversa, etc estou super aberta para ouvir e saber mais, o importante mesmo é tornar pública suas práticas, o consumidor agradece, isso chama-se transparência. #ficaadica
A princípio pensei em ligar nos atendimentos ao consumidor de cada uma delas para perguntar sobre o assunto, mas esse processo é tão chato que eu desisti, mas talvez seja mais eficaz que esse post, mas se você quiser fazer isso segue o número dos telefones de cada uma das empresas, acho que pode surtir mais efeito e ainda dá pra testar o quanto elas dão de importância para a preocupação do consumidor.
Nivea – 0800-77-64-832
Unilever – 0800-707-7512
P&G – 0800 701 5515
Natura – 0800.115.566
Avon – 0800 7082866
Se alguém conhecer alguma empresa de bens de consumo não duráveis que nasceu pensando no ciclo completo de vida de seus produtos me avise, pois eu até hoje não vi nenhuma.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Catadores de Materiais Recicláveis




De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada pelo IBGE em 2000, coleta-se no Brasil diariamente 125,281 mil toneladas de resíduos domiciliares, e 52,8% dos municípios Brasileiros dispõem seus resíduos em lixões.

Hoje estima-se que 1 em cada 1000 brasileiros é catador.
E 3 em cada 10 catadores gostariam de continuar na cadeia produtiva da reciclagem mesmo que tivessem uma alternativa. Estes têm orgulho de ser Catador.

Há Catadores de todo tipo.
  • Trecheiros: que vivem no trecho entre uma cidade e outra, catam lata pra comprar comida.
  • Catadores do lixão: catam diuturnamente, fazem seu horário, catam há muito tempo ou só quando estão sem serviço de obra, pintura etc.
  • Catadores individuais: catam por si, preferem trabalhar independentes, puxam carrinhos muitas vezes emprestados pelo comprador que é o sucateiro ou deposista.
  • Catadores organizados: em grupos autogestionários onde todos são dono do empreendimento, legalizados ou em fase de legalização como cooperativas, associações, ONGs ou OSCIPs.

O Catador é um sujeito que, historicamente, tira do lixo o seu sustento. Seja através da prática da coleta seletiva junto a alguns parceiros que doam o seu lixo ou, melhor ainda, seus recicláveis selecionados na fonte; seja caçando recicláveis pelas ruas e lixões, sacando os recicláveis do lixo misturado que o gerador não teve a decência de separar e colocou no mesmo saco o que pode e o que não pode ser reaproveitado.
Com esse “trabalho” a companhia de limpeza urbana deixa de pagar inúmeros kilos que seriam coletados e dispostos em aterro ou lixão. Na pior das hipóteses é uma economia. É um serviço a população já que esses materiais coletados pelos catadores vão evitar o consumo de matéria prima virgem – recursos naturais esgotáveis – além da economia com coleta e disposição final.

Dentre os Catadores organizados ou em organização existem os

  • Grupos em organização: com pouca ou nenhuma infra-estrutura, muita necessidade de apoio, e vontade de trabalhar em grupo e se fortalecerem.
  • Catadores organizados autogestionários: grupos que funcionam como cooperativas de fato onde decisões são tomadas de modo democrático, as vendas e os resultados são de domínio de todos graças a transparência das informações que muitas vezes são afixadas na parede - o valor da venda, dos descontos, as atas das reuniões e etc. Não há uma liderança única da qual dependam todas as decisões e todos os associados representam o empreendimento como dono.
  • Redes de cooperativas autogestionárias: A idéia de rede é uma forma de fortalecer os grupos na busca de quantidade, qualidade e freqüência que são algumas das imposições do mercado da reciclagem. Em rede os grupos podem vender por melhores preços por terem juntos maiores quantidades e aqueles que não tem prensa poderem enfardar o material. Em rede os grupos também podem se organizar para otimizar a coleta e realizarem inclusive coleta de outros materiais como óleo de cozinha, alimentos entre outros.

E há também as

  • Coopergatos: Grupos não autogestionários, que tem um dono, onde um manda e todos obedecem e funciona como uma empresa privada só que sem os benefícios sociais que uma empresa privada teria que dar.
  • Cooperativas de Sucateiros: Alguns sucateiros que, nem sempre, mas freqüentemente tem com catadores relações pra lá de exploratórias, percebendo vantagens junto a políticas públicas se regularizam legalmente como cooperativas mas funcionam como empresa privada, sob a fachada do cooperativismo. Infelizmente esse padrão é bastante freqüente.
  • Cooperativas de apoiadores: Grupos de catadores organizados por pessoas que não tem histórico na catação e se auto-declaram catadores (mas tem perfil de apoiador) para exercer uma liderança sem nenhum compromisso com o processo emancipatório dos catadores. Apoiadores só deveriam fazer parte de uma cooperativa de catadores de materiais recicláveis se fosse no conselho consultivo, sem direito a voto e sem direito a renda.

É imperativo que o apoio aos catadores seja compromissado com o protagonismo deles e a construção dos processos emancipatórios desta categoria.
Catadores são vítimas de preconceito por parte da sociedade e constantemente são associados ao problema do lixo podendo ser associados as soluções.

São atores históricos da gestão dos resíduos nas cidades e da cadeia produtiva da reciclagem e merecem políticas públicas que fortaleçam seu perfil empreendedor e ecológico.

O estilo do apoio no Brasil é o do amparo, da tutela simbólica, que vê os atores históricos como incapazes, estilo cesta básica e assistencialismo. Será bom entender o que é apoio dentro de uma premissa emancipatória.


De acordo com o dicionário Aurélio temos 

a.poi.o
s. m. 1. Tudo que serve para amparar, firmar, segurar, sustentar. 2. Mec. e Constr. Base, assento, sapata. 3. Amparo, socorro. 4. Argumento, autoridade, prova, ou qualquer coisa que se autorize, ou se prove. 5. Aprovação, assentimento.

E temos ainda
tu.te.la
s. f. 1. Dir. Encargo legal para proteger uma pessoa ou os bens de um menor ou de um interdito; tutoria. 2. Amparo, proteção. 3. Fam. Sujeição vexatória; dependência.

E ainda
e.man.ci.par
v. 1. Tr. dir. Eximir do poder paternal ou de tutela. 2. Tr. dir. Tornar independente. 3. Pron. Livrar-se do poder paternal ou de tutela. 4. Pron. Tornar-se livre.

 
Para saber o contato de cooperativas de Catadores do Rio de Janeiro clique aqui
 
Para saber o contato de cooperativas de Catadores de todo o Brasil entre em contato com o Movimento Nacional dos Catadores www.MovimentodosCatadores.org.br pelo telefone (11)3399-3475; Ou pelo site www.rotadareciclagem.com.br
 

domingo, 9 de novembro de 2014

Artista transforma lixo em luxo em Niterói

O Centro Cultural Abrigo de Bondes, em Niterói, recebe a partir do dia 9 de outubro a exposição "O Luxo do Lixo", de Cacau Salabert. A mostra fica em cartaz até 29 de novembro, com entrada franca.

Divulgação/ TMN assessoria

Depois de expor três vezes na França, o artista apresenta esculturas, quadros, luminárias feitas de materiais recicláveis. Utilizando somente plástico, alumínio, ferro, papel e componentes eletrônicos o artista transforma completamente que é considerado lixo para alguns, em objetos luxuosos.
Desde sua volta de Paris, o artista começou a criar quadros temáticos, cápsulas de champanhe transformados em "pequenas cadeiras de pensamento", com motor de liquidificador ele faz apropriações e o transforma em luminária e de outros materiais surgem caixas, animais, quadros e espelhos se fundem em um festival de formas, mas todos com a mesma característica: o sentido da transformação chamada descartáveis​​. Um outro olhar sobre o meio ambiente.

O que: O Luxo do Lixo
Onde:
Centro Cultural Abrigo dos Bondes
Rua Marquês de Paraná, 100
Centro
Niterói
Ver no mapa

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

EcoD Básico: Lixão, Aterro controlado e Aterro sanitário


Portal EcoD – www.ecod.org.br

Para onde vai o seu lixo depois que você o joga na lixeira? Pouca gente pensa sobre o assunto, mas tudo que consumimos, desde uma garrafa de água até o pneu do carro, vira lixo em algum momento e segue por um destino que muitas vezes não é sustentável.
Somente no Brasil são produzidos cerca de 240 mil toneladas de lixo todos os dias, sendo que apenas 2% de tudo isso segue para reciclagem. O resultado é uma enorme quantidade de resíduos que precisa de uma nova destinação após sua vida útil.
Entre todos os rumos possíveis, três se destacam no país: os lixões, os aterros controlados e os aterros sanitários. As diferenças entre cada um deles você confere logo abaixo:
Lixões

Lixão é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo. Institucionalizados ou clandestinos, esses locais recebem volumes diários de lixo que são amontoados um por cima do outro. População civil e, em alguns casos, a própria prefeitura, são responsáveis por jogar o lixo coletado no local.
Diversos problemas tornam o lixão a solução menos indicada quando o assunto é o descarte do lixo. Por não ter nenhum tipo de proteção, esses locais se tornam vulneráveis à poluição causada pela decomposição do lixo, tanto no solo, quanto nos lençóis freáticos e no ar.
Isso ocorre porque a maior parte do material despejado entra em processo de decomposição, produzindo o chorume e o gás metano. O chorume escorre com o auxílio da chuva e penetra na terra, chegando aos lençóis freáticos localizados abaixo do lixão e contaminando a água.
Já o biogás resultante da decomposição do lixo e formado por gases como metano, gás carbônico (CO2) e vapor d’água, é liberado diretamente para a atmosfera – sem antes passar por nenhum tipo de tratamento.
Além dos impactos ambientais, o acumulo de lixo atrai animais transmissores de doenças, como moscas e ratos. O local ainda é tido como fonte de renda para a população carente, que recolhe o material reciclável e, em alguns casos, chega a se alimentar dos restos encontrados no lixo.
Aterros controlados

Os aterros controlados são locais intermediários entre o lixão e o aterro sanitário. Trata-se geralmente de antigas células que foram remediadas e passaram a reduzir os impactos ambientais e a gerenciar o recebimento de novos resíduos.
Esses locais recebem cobertura de argila e grama e fazem a captação dos gases e do chorume. O biogás é capturado e queimado e parte do chorume é recolhida para a superfície. Os aterros controlados são cobertos com terra ou saibro diariamente, fazendo com que o lixo não fique exposto e não atraia animais.
Aterros sanitários

Os aterros sanitários são espaços preparados para a deposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana. Esses locais são planejados para captar e tratar os gases e líquidos resultantes do processo de decomposição, protegendo o solo, os lençóis freáticos e o ar.
As células são impermeabilizadas com mantas de PVC e o chorume é drenado e depositado em um poço, para tratamento futuro. O biogás é drenado e pode ser queimado em flaires ou aproveitado para eletricidade. Por ser coberto por terra diariamente não há proliferação de pragas urbanas.

Fonte: http://www.rumosustentavel.com.br/ecod-basico-lixao-aterro-controlado-e-aterro-sanitario/